Soirée brillante
Alta-costura Outono-Inverno 1955, linha Y
Soirée brillante foi um vestido social longo da coleção Outono-Inverno 1955, parte da linha Y, que seguiu a linha A da estação anterior.
Esboço de imprensa para o vestido Soirée brillante.
O Soirée brillante foi feito de cetim de seda champanhe, coberto por tule de seda cinza-azulado, bem diferente do modelo original em cetim rosa e tule azul. Todo o look foi bordado pela maison de Rébé, cujo design do bordado representava o motivo de uma gaiola.
A preciosidade deste vestido é característica dos vestidos sociais e vestidos de baile criados por Christian Dior, para quem “um vestido de baile faz de você uma mulher radiante, cheia de charme, requinte e feminilidade”. Esses “vestidos de luz”, verdadeiras obras de arte, personificam os sonhos e os excessos do mundo pós-guerra.
Este modelo inspirou Maria Grazia Chiuri em sua primeira coleção de alta-costura Primavera-Verão 2017 para o vestido Allée Fleurie de Mémoire.
O bordado do vestido é resultado de um verdadeiro savoir-faire
Maria Grazia Chiuri modernizou o design com a adição de alças finas bordadas e pregas invertidas que permitem que o bordado dance.
O adorno de penas de avestruz na cabeça, criado pelo chapeleiro Stephen Jones, deu um toque de extravagância a este look.
Todo o desfile foi uma homenagem ao mundo de Christian Dior, que gostava de jardins e flores, mas também era propenso à superstição. O gris-gris e as cartas de tarô também fizeram, portanto, parte da decoração do desfile.
Ao fim deste desfile, um grande baile de máscaras foi organizado no coração deste magnífico jardim, em sintonia com as festas suntuosas que Christian Dior tanto amava, porque via nelas “verdadeiras obras de arte”.
© Laziz Hamani ; Collection Dior Héritage, Paris ; © Sophie Carre ; © Adrien Dirand