History

Christian Dior nasce em Granville, Normandia, em 21 de janeiro, filho de Alexandre Louis Maurice Dior e Marie-Madeleine Dior (Martin sendo seu sobrenome de solteira), o segundo de cinco filhos. A família vive bem graças ao seu negócio de fabricação de fertilizantes e produtos químicos fundado em 1832.

A família Dior se muda para o 16º arrondissement de Paris, mantendo a villa Les Rhumbs para viagens de férias e reuniões familiares.

Christian Dior abre uma galeria de arte com seu amigo Jacques Bonjean na 34, rue La Boétie. “Nossa ambição”, afirmou ele em 1956, “era ter ali exposições centradas nos mestres que mais admirávamos: Picasso, Braque, Matisse e Dufy, além dos pintores que conhecíamos pessoalmente e já tínhamos em alta estima: Christian Bérard, Salvador Dalí, Max Jacob, os irmãos Berman…”. Em 1932, ele se associa a Pierre Colle para abrir outra galeria na 29, rue Cambacérès. Em 1933, eles realizam uma exposição dedicada ao Surrealismo.

Christian Dior começa a vender seus desenhos para modistas e maisons de alta-costura, incluindo Jean Patou, Schiaparelli, Maggy Rouff, Worth, Balenciaga, Molyneux e Paquin. Ele também trabalha como ilustrador para o jornal Le Figaro e a revista Jardin des Modes.

Sua irmã Catherine é denunciada como résistante (membro da Resistência Francesa) e deportada para Ravensbrück, de onde é libertada em 1945.

Christian Dior e o industrial Marcel Boussac unem forças para criar a Maison de alta-costura Christian Dior. Em 16 de dezembro, a Maison de alta-costura abre na 30 Avenue Montaigne com três ateliês e uma equipe de 85 pessoas.

Em 4 de março, a Parfums Christian Dior é fundada, e o amigo de infância de Dior, Serge Heftler-Louiche, é nomeado diretor. O primeiro perfume, Miss Dior, é lançado em dezembro.

Christian Dior compra o Moulin du Coudret, um antigo moinho em Milly-la-Forêt, perto de Paris, onde pode relaxar no período entre uma coleção e a outra.

Christian Dior é premiado com a Legião de Honra Francesa por sua contribuição à indústria têxtil e ao trabalho artesanal no setor da moda.

Christian Dior compra o Château de La Colle Noire em Montauroux, no sul da França.

Christian Dior (C.D.) Models Ltd. é fundada em Londres.

A empresa Christian Dior-Delman é criada, confeccionando calçados sob medida desenhados por Roger Vivier. Mais tarde, em 1958, a marca é substituída por “Christian Dior by Roger Vivier”.

Inauguração da boutique na esquina da avenue Montaigne com a rue François 1er, decorada por Victor Grandpierre. A Parfums Christian Dior lança seus primeiros conjuntos de batom em 22 tons diferentes.

Lançamento do perfume Diorissimo, com lírio-do-vale como sua nota principal.

Christian Dior morre de um ataque cardíaco em Montecatini, Itália, durante a noite de 24 de outubro. De acordo com seus desejos, Yves Saint Laurent, seu primeiro assistente no estúdio desde 1955, é nomeado Diretor Criativo da Maison de moda.

Em 1955, com apenas 19 anos, Yves Saint Laurent foi nomeado assistente de Christian Dior. Após a morte repentina do estilista-fundador em outubro de 1957, ele se tornou o Diretor Criativo da Maison. Sua primeira coleção emblemática, Trapèze, libertou o corpo e instilou um espírito de emancipação, incorporando a juventude dos anos 1960. Seus designs ousados foram inspirados, entre outros, nos Beatniks, para a coleção Outono-Inverno 1960 da Dior. Uma visão avant-garde do mundo da moda.

Um estilista de Jean Patou, então estilista-assistente de Robert Piguet, Marc Bohan ingressou na Maison Dior em 1958 como Diretor Criativo da subsidiária em Londres. Em 1960, ele se tornou Diretor Criativo da Maison de alta-costura parisiense, para a qual criou o Slim Look, refletindo ideias contemporâneas da feminilidade. Fascinado pelo mundo da arte, e particularmente pelo expressionismo abstrato de Jackson Pollock, Marc Bohan desenhou silhuetas modernas, com cortes elegantes e simples, para a Dior por quase 30 anos: um estilo único adotado por muitas estrelas de Hollywood.

Em 8 de novembro, a princesa Grace de Mônaco abre a boutique Baby Dior na 28, avenue Montaigne.

Marc Bohan cria a linha Christian Dior Monsieur. Mais tarde, ela é dirigida por Christian Benais e depois Gérard Penneroux. Em 1983, Dominique Morlotti assume o comando.

Para comemorar o 40º aniversário da Maison de Christian Dior, uma grande exposição retrospectiva é organizada no Musée des Arts Décoratifs, inaugurada pelo presidente François Mitterrand.

Impulsionado por uma visão pós-moderna da moda, o estilista italiano homenageou os códigos da Dior e ofereceu à alta-costura uma renovação por meio da elegância arquitetônica dos seus tailleurs e da opulência dos magníficos vestidos sociais. Apaixonado pela arte, como Christian Dior, ele se inspirou na paleta de Paul Cézanne para sua coleção de alta-costura Outono-Inverno 1995-1996, coincidindo com a retrospectiva dedicada ao pintor no Grand Palais.

Estilista britânico com espírito rock’n’roll, conhecido por seu senso de extravagância, John Galliano reinventou a tradição da alta-costura da Dior em 1996, fundindo-a à sua imaginação onírica. Sua visão híbrida combinou fontes ecléticas de inspiração, destacando as riquezas culturais e artesanais do mundo por meio do virtuosismo dos ateliês Dior. Enriquecidos por uma cenografia espetacular, cada um de seus desfiles foi concebido como uma viagem ao extraordinário.

Em 1995, em visita oficial a Paris, Bernadette Chirac presenteou Diana, princesa de Gales, com uma bolsa Dior novinha em folha, renomeada Lady Dior em sua homenagem. Por ocasião do 50.º aniversário da Maison Dior, uma grande exposição é organizada no Metropolitan Museum of Art, em Nova York. Na noite de inauguração, em dezembro de 1996, Lady Diana usou o primeiro vestido Dior criado por John Galliano.

François Demachy torna-se Perfumista-Criador da Maison Dior.

O estilista belga, formado pela conceituada Academia Real de Belas Artes da Antuérpia, reformulou os códigos atemporais da Dior com sua inscrição refinada e minimalista. Em suas coleções, ele reinterpretou a mulher-flor de Christian Dior com suas curvas graciosas, transformando-a em uma silhueta arquitetônica ou revisitando com talento o New Look por meio de um terninho, de modo a refletir seu espírito absolutamente contemporâneo.

Desde sua chegada à Dior, Maria Grazia Chiuri promove a ideia de empoderamento feminino universal e uma irmandade essencial e inabalável. As mensagens de suas coleções, concebidas como manifestos, celebram os valores trazidos pelas (r)evoluções feministas, transcendendo injunções e estereótipos. Uma visão ousada, que, ao longo das estações e inúmeros diálogos criativos, reinventa os ícones e códigos atemporais da Dior. Por meio de suas muitas colaborações com artistas e artesãos de todo o mundo, Maria Grazia Chiuri constantemente tece laços preciosos entre conhecimento e culturas, fazendo de cada desfile Dior uma obra de arte coletiva e socialmente engajada.